Sindicato é contra a retomada das aulas

Ambiente escolar é propício para disseminar o coronavírus

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba e Região não concorda com o retorno às aulas sem garantias de protocolos de segurança das crianças, pais de alunos e profissionais da educação. A entidade acredita ser uma atitude precoce e uma aventura de expor todos ao risco de uma pandemia que ainda está longe de ser controlada. Principalmente, por não existir protocolo de segurança, EPIS e recursos financeiros para a compra destes equipamentos.

No dia 10 de setembro, a secretária municipal de Educação, Angela Jorge Corrêa, e o dirigente regional de Ensino, Fábio Negreiros, se reuniram no anfiteatro da SME (Secretaria Municipal de Educação), para discutir o possível retorno às aulas presenciais nas redes municipal e estadual de ensino no dia 7 de outubro. A SME é a responsável pelo atendimento de alunos da educação infantil (0 a 5 anos) e ensino fundamental I (6 a 10 anos), enquanto a Diretoria Regional de Ensino é a responsável pelo ensino fundamental II e ensino médio. 

Segundo a nota divulgada no portal da SME, as pastas adotaram uma série de medidas para atender a protocolos que visam dar segurança aos estudantes que forem às escolas. “No âmbito municipal, a retomada obedecerá a protocolos de acolhimento, sanitários e pedagógicos, que preveem ações que devem ser adotadas com crianças, pais e comunidade, funcionários, professores e gestores. Os protocolos de retorno foram definidos por comissões e subcomissões, que definiram quais procedimentos serão adotados.”

O Sindicato vem acompanhando a evolução da pandemia no município, bem como as orientações do médico infectologista e diretor da Diretoria Regional de Saúde de Piracicaba (DRS-X), Hamilton Bonilha, onde salienta que, somente com a vacina poderá ter um controle maior da doença: “a única maneira de viver perto da conhecida normalidade”. E segundo o médico, sem vacina, o município, o Brasil e o mundo correm o risco de mais retrocessos econômicos e novas e inestimáveis quarentenas.

A entidade se manifesta contra o retorno às aulas presenciais, por entender que esta exposição poderá causar danos irreparáveis às famílias e ao município. Entendendo que deveria ser discutido outros mecanismos para dar prosseguimento a educação de forma não presencial.

O Sindicato vem apoiando os servidores há tempo, mencionando durante o Jornal Sind Municipal, transmitido ao vivo pela página do Facebook, que a retomada às aulas deve ser cautelosa e este não é o momento. “As retomadas têm que ser feitas com muita cautela e segurança. Os pais ainda estão muito preocupados em mandar seus filhos as escolas. A exemplo, alguns estados que retomaram as aulas, tiveram aumento significativo de infectados”, concluiu o vice presidente do Sindicato, José Alexandre Pereira.

 

Somos contra a volta às aulas em 2020!



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