Sindicato busca informações sobre atuação da OSS

Os servidores municipais e a população estão sentindo na pele os impactos causados pelos serviços das OSS (Organização Social de Saúde) nas UPA’S de Piracicaba.  Segundo o dirigente e advogado do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba e Região Osmir Bertazzoni, que visitou a UPA do Vila Sonia e outras unidades nesta segunda-feira (03), buscando informações sobre o bem-estar dos servidores e para obter mais conhecimentos se os direitos e benefícios deles estão sendo respeitados.

Além da falta de planejamento, os servidores tiveram de ser readaptados para outras unidades e outros ainda permanecem atuando nas funções que agora deverão ser mantidas pela terceirizada. “Funcionários estão chorando e revoltados, sendo obrigados a fazer trabalho que é responsabilidade dessa empresa. Estão perdendo as unidades de trabalho com dor no coração, pois alguns estão aqui há muitos anos atuando na UPA e, agora, vão para outras unidades e terão que recomeçar a vida”, lamentou Bertazzoni.  

A empresa iniciou o trabalho no dia 01 de julho sem planejamento, mesmo com os recursos financeiros obtidos. Durante a diligência, foi comprovado muitas irregularidades e descompromisso com a saúde pública. Criança sentada no colo do pai tomando soro, pessoa com tumor e com cólica de rim também tomando soro nos corredores e os leitos vazios. Equipamentos destruídos, rasgados, enferrujados, impossibilitados de receber atendimentos adequados e humanos.

Com a população que depende do serviço público também está gerando revolta. “É um grande descaso com a população e com as pessoas carentes. A gente não tem condições de ter plano médico particular, se eu pudesse, não estaria com a minha filha aqui. Com esta empresa não mudou nada, só piorou. Eu peço de todo o meu coração para os vereadores se unirem e pensarem na população. Colocamos vocês para nos representar e deveriam fiscalizar mais e ouvir a população”, desabafou um pai que carregava a filha para tomar soro no corredor da UPA.

A diretoria do Sindicato dos Municipais, que vem há anos trabalhando contra as OSS, argumentando que com a privatização, os serviços à população seriam precarizados e os servidores, concursados, perderiam seus postos de trabalho, mesmo atuando com profissionalismo e compromisso com a saúde pública. 

De acordo com Bertazzoni, o Sindicato dará o apoio necessário. “Toda a diretoria da entidade está junto com a Câmara de Vereadores e com os órgãos ministeriais, que são os responsáveis pela proteção dos servidores públicos,  tentando buracr adequar eles em outros lugares.  Com relação ao contrato, cabe à Câmara fazer a fiscalização de forma plena, como está sendo feita, tendo o Sindicato como apoio”, finalizou.



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