A luta continua

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba e Região, foi notificado nesta manhã (07) sobre a liminar que obriga o término da paralisação dos servidores municipais de Piracicaba com argumentação de ser abusiva, por se tratar de serviço essencial. O manifesto reiniciou nesta quinta-feira, porém, devido a notificação, o Sindicato orientou os servidores a voltarem as suas unidades de trabalho, para não serem prejudicados, mas enfatizou que todos continuam em estado de greve. O departamento jurídico do Sindicato dos Municipais está tomando todas as medidas cabíveis contra está decisão arbitrária do Tribunal de Justiça. Amanhã (08), os representantes do Sindicato se reunirão remotamente na audiência de tentativa de conciliação às 15h. No mesmo dia, às 19h, a diretoria realizará assembleia dos servidores em frente à prefeitura de Piracicaba. “Estamos cumprindo a decisão liminar que é precária e pode ser mudado por dois recursos, do agravo interno já interposto no Tribunal de Justiça de São Paulo e da Reclamação por descumprimento de preceitos fundamentais junto ao Supremo Tribunal Federal, cuja visão difere do TJ/SP e entende que a greve é direto fundamental e não pode ser mitigada. Estamos usando todos os recursos cabíveis para mostrar o que pensamos e entendemos justo. O Ato Institucional 05 era legal, porém não era justo. Assim seguimos acreditando no Estado Democrático de Direito e nas instituições”, disse o dirigente e advogado, José Osmir Bertazzoni. Desde o dia 1º de abril, o movimento de greve ocorreu em frente ao prédio da prefeitura com a participação de cerca de 5.000 servidores, pedindo ao prefeito para negociar o pagamento das perdas inflacionárias nos últimos três anos para ser pagos ainda em 2022. A greve foi deflagrada no dia 1º de abril, pois a reivindicação da categoria foi de 15% de reajuste em março e mais 6% em maio. A Prefeitura de Piracicaba propôs 14,04% em duas parcelas, sendo 10,56% com pagamento em março e 3,17% a ser pago em julho, com o restante sendo parcelado entre 2023 e 2024, o que foi rejeitado pela categoria em assembleia. A diretoria do Sindicato, servidores da comissão salarial, vereadores e deputados fizeram inúmeras tentativas de reuniões, diálogos, mas todas foram frustradas pelo prefeito Luciano Almeida, que em nenhum momento compareceu para esclarecimentos e enviou seus secretários para informar que não havia mais negociação e que matinha a proposta de pagar as perdas inflacionárias parceladas até 2024. Mesmo cientes que estes reajustes feitos ainda neste ano não impactaria a prefeitura de Piracicaba. Presente no movimento, a presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino de Piracicaba), a deputada estadual Professora Bebel (PT), o deputado estadual, Roberto Morais manifestaram total apoio a categoria e ao Sindicato.  Apoio recebido também do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba). Dos 23 vereadores de Piracicaba, apenas três não apoiaram os servidores. Segundo a diretoria, o Sindicato dos Municipais buscará em todas as instâncias possíveis garantir os direitos e a reposição das perdas dos servidores, cumprindo a decisão judicial e jamais aceitará que os funcionários sejam obrigados a retornarem ao trabalho sem poder exercer o seu direito de greve e os princípios constitucionais e da legislação do trabalho de a categoria. “Nosso departamento jurídico está atuando incansavelmente na busca da garantia dos direitos e iremos até a última instância jurídica se necessário for, pois, não perdemos a batalha e enquanto houver recursos estaremos lutando em favor dos servidores”, disse o presidente do Sindicato dois Municipais José Valdir Sgrigneiro.  Solidariedade: Servidores doaram alimentos nos manifestos Além de comparecerem à greve dispostos a lutarem pelos seus ideais de forma sempre muito ordeira e pacífica, os servidores ainda foram solidários com as comunidades da cidade. Foram recebidas mais de 01 tonelada de alimento que estão sendo distribuídas pelo G5 Comunidades nos seguintes bairros: Vida Nova, Jardim Oriente, Bosque dos Lenheiros, Gilda, Jardim Maracanã, Renascer, Algodoal, Vila Fátima e também para o Centro Social Cáritas.



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