Sindicato participa de audiência pública sobre retorno das aulas presenciais

Sindicato participa de audiência publica sobre retorno das aulas presenciais Representando a área da educação, a professora e diretora do Sindicato dos Municipais de Piracicaba, Samantha Maniero, participou da audiência pública nesta manhã (12) na Câmara de Vereadores de Piracicaba sobre a discussão das temáticas relativas à avaliação das condições sanitárias e à eficácia do processo educacional na circunstância de pandemia, decorrentes da retomada das aulas presenciais no ano letivo de 2021. Para a vereadora, Rai de Almeida, os servidores públicos da educação e da saúde, estão na linha de frente diante desta pandemia, colocando as suas vidas em riscos para atender uma exigência do governo que é o retorno às aulas. “O retorno das aulas neste momento, é uma atitude negacionista, de negar um momento tão difícil, que nos encontramos do ponto de vista da saúde pública, sanitária, da nossa sociedade”, disse.  A audiência foi iniciativa dos vereadores Raimunda Ferreira de Almeida e José Everaldo Borges. A vereadora mostrou a preocupação dos pais que estão levando as suas crianças às escolas, pela importância do aprendizado e convivência com outras crianças, mas defende que não é o momento mais oportuno, inclusive diante da situação estrutural que se encontram as escolas.  “Visitamos várias escolas, nesta semana, e no primeiro dia em algumas escolas, não tinham ainda os tapetes sanitizantes e máscaras para os alunos em números insuficientes. Lixeiras sem pedaleiras e ainda escolas que compram as lixeiras com pedal,  com os recursos do apoio da gestão pública da escola. Vimos que as salas que os professores fazem as reuniões de HTPC , não tem infra estrutura adequada, sem ventilação”, explicou. O secretário de educação, João Marcos Tomaziello, afirmou que houve consulta pública em relação ao retorno presencial a comunidade escolar, com 51% optando pelo retorno do total de alunos matriculados. Quanto aos EPI’S oferecidos, o secretário afirmou, que foi máscara com visor para os alunos com deficiência auditiva, protetores faciais, tapetes sanitizantes, lixeiras com pedais e álcool em gel: “Não houve negativa de retorno por parte dos diretores, supervisores, após vista in loco. Não recebemos ligação através do 156, que é a voz da população, sendo o contrário as aulas. Nós entendemos que temos que tomar cuidado sim, mas também entendemos que as crianças têm que ter aula.” Para o secretário de saúde, Filemon Silvano, o mundo parou durante um ano em decorrência da pandemia que vem causando transtornos na área saúde, além das mortes, são os transtornos psicológicos, que segundo ele, após a pandemia, haverá um aumento de suicídio entre as idades de 15 e 29 anos, causado pelo isolamento e a não volta as atividades, não só da educação. \"O benefício em retornar aula é muito maior para o aluno e para saúde mental dele devido a convivência. Hoje, ninguém tem o entretenimento para brincar, as crianças ficam no tablet e celular.  As voltas as aulas, dentro das normas de segurança de higienização, com os protocolos necessários. Estamos dando todo apoio a secretaria de educação e fizemos a triagem, testes realizados antes da volta”, disse Filemon.   Presente na audiência, a diretora Samantha Maniero contestou dizendo que a testagem para a covid-19 não foi feita de forma antecipada, e sim após retorno ao trabalho no dia 12 de janeiro. “Quando o teste foi feito,  estavamos nas escolas trabalhando, são resultados da nossa frequência nas escolas. Temos relatos de funcionários, e como sindicato, de que mesmo relatando sintomas e contato com pessoas infectadas, quando procuram médico no Piracicamirim e posto de saúde, falam para observar se apresentam sintomas e continuar trabalhando. Temos contato muito grande entre crianças, que precisam de muitos cuidados, principalmente na educação infantil. Os casos devem subir muito mais, quando sobem, o sistema de saúde todo no município fica comprometido, estamos falando de todos”, disse. A dirigente sindical ainda contestou a fala do vereador Fabricio Polezi, quando afirmou que os professores ficaram em suas casas durante a pandemia: “O senhor não tem conhecimento do nosso trabalho. Mesmo no ano passado, nós trabalhamos o ano todo, atendemos todas as famílias dos nossos alunos, em vários horários, para que pudéssemos acompanhar as famílias e crianças. Não estivemos em casa e trabalhamos normalmente”, concluiu.



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